sexta-feira, 28 de junho de 2013

Trabalhadores em educação se unem ao movimento das ruas e criticam a ação policial durante as manifestações desta quarta-feira

  
Fotografias:Taís Ferreira
Publicado em: http://www.sindutemg.org.br

Os educadores, vindos de todas as regiões mineiras, se concentraram nessa quarta-feira (26/06) na Praça 7, de onde saíram em direção ao Mineirão para, mais uma vez, dialogar com a população sobre a realidade da educação estadual, relatar os problemas e denunciar o descaso do governo mineiro.

A Pampulha foi escolhida por sua visibilidade, já que iria sediar novamente uma partida de futebol, desta vez, Brasil e Uruguai, pelas semifinais da Copa das Confederações. O movimento dos trabalhadores em educação tem ganhado apoio e tem sido aplaudido por onde passa nas manifestações realizadas este mês.

A categoria está em greve por tempo determinado e, nos dias 17, 22 e 26 de junho, realiza atos nas proximidades do estádio que sediou algumas partidas de futebol pela Copa das Confederações. Nesses dias, foram distribuídos folders bilíngue (português/inglês) e balões, durante conversa com a população – turistas mineiros, brasileiros e estrangeiros.

 

Ato do dia 26/06

Ainda na Praça 7, centro de Belo Horizonte, se juntaram aos educadores, os servidores da saúde, trabalhadores da Copasa, eletricitários, metalúrgicos, metroviários, além de outras categorias como os médicos. De lá, seguiram, de forma pacífica, rumo a Pampulha. Ao avançarem na caminhada, se juntavam a eles, cada vez mais e mais pessoas de outros movimentos. Os manifestantes tomaram as ruas da capital do centro à Avenida Antônio Carlos num colorido e coro fortes, com diferentes reivindicações.

O Sind-UTE é solidário com a família do jovem metalúrgico, Douglas Henrique de Oliveira Souza, de 21 anos, que ao tentar escapar das bombas jogadas pela Polícia Militar sobre os manifestantes, caiu de uma altura de aproximadamente 6 metros do Viaduto Abrahão Caram e morreu no Hospital João XIII e repudia a violência policial. Há registros de dezenas de pessoas feridas e de várias prisões.

Conflito e truculência

Para o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), que integra Comissão de Prevenção à Violência em Manifestações Populares, a polícia novamente errou ao fazer um cerco aos manifestantes que queriam apenas protestar e mostrar sua indignação.

“Os movimentos sociais das ruas lutam pelos direitos do povo, dos trabalhadores. As ruas clamam por respeito à educação, à saúde, querem o fim da corrupção, entre outras reivindicações”, explica a presidente da CUT/MG e coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira.

Segundo o Comitê Popular dos Atingidos pela Copa, em nota pública, a Polícia Militar tinha plena condição de resistir às provocações de poucos manifestantes para não violar todos aqueles que saíram as ruas para lutar pelos seus direitos. “Temos suspeitas, inclusive, da presença de policiais infiltrados incitando a violência para justificar uma posterior ação que visa dispersar a manifestação.”

O Comitê não considera que os chamados “atos de vandalismo” justifiquem uma ação de repressão que coloca a vida das pessoas em risco. “O Copac, embora não promova nem estimule ações diretas contra o patrimônio, não aceita a dicotomização realizada pelo estado e pela mídia entre vilões e mocinhos. Como espaço agregador de diferentes coletivos, movimentos e grupos de atingidos pela Copa, entendemos como válidas as diversas formas de manifestação da indignação coletiva que visem objetivos progressistas e não promovam a violência direta contra as pessoas. Não confundimos pacificidade com passividade.”

Ao fazer coro ao Comitê Popular dos Atingidos pela Copa, os educadores também se manifestam contrários às violações e privatização do espaço público em decorrência da realização do megaevento Copa das Confederações FIFA. “Estamos indignados, pois somos contrários a todo tipo de repressão e violência, mas, reafirmamos que o ir às ruas para reivindicar um país justo e para todos é legítimo e deve ser cada vez mais utilizado pelo cidadão que deseja manifestar sua insatisfação”, afirma Beatriz Cerqueira.

Assembleia Estadual com paralisação total de atividades

Os trabalhadores em educação permanecem em luta, com o calendário de greve por tempo determinado. Hoje, 27 de junho, acontecem manifestações regionais e nova Assembleia Estadual da categoria está prevista para dia 04 de julho, às 14h, no pátio do Legislativo Mineiro. Nesse dia haverá paralisação total de atividades.

Fotografias:Taís Ferreira




















































































































Fotografias:Taís Ferreira

terça-feira, 25 de junho de 2013

Greve por Tempo Determinado




De acordo com o calendário dos trabalhadores em educação a greve por tempo determinado estava prevista para acontecer nos dias 17,18, 22, 26 e 27 de junho. Nos dias 17, 22 e 26, foram definidos os atos nas proximidades do Mineirão, já que o estádio está sediando alguns jogos da Copa das Confederações. Nas outras datas, as manifestações são regionais. 

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, informa que todas as atividades estão acontecendo e, de certa, o objetivo está sendo cumprido, uma vez que a categoria está divulgando a realidade da educação em Minas. “Nosso movimento ganhou visibilidade, atenção da população e de turistas, que tem nos aplaudido por onde passamos”, afirmou.

A última manifestação aconteceu no sábado (22.06), no entorno do estádio. O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) aderiu à paralisação do Sind-UTE/MG, por decisão de um ato unificado do funcionalismo estadual, exigindo o cumprimento de Acordo de Greve e o Termo de Acordo da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Também representantes da Marcha Mundial das Mulheres se uniram ao ato do Sind-UTE/MG.

Na oportunidade, foram distribuídos materiais contendo os problemas da educação mineira, a realidade vivida pela categoria e o descaso do governo mineiro em relação à educação para o mundo, uma vez que o folder é bilíngue: português e inglês. Durante a manifestação, a professora Andressa Rodrigues leu as reivindicações em inglês algumas vezes para atingir, sensibilizar os turistas estrangeiros.

No final do dia, o ato dos educadores se uniu a outros protestos. Representantes engrossaram a manifestação e uniram forças. Porém, as pessoas que vinham da Praça 7 tiveram dificuldade para entrar na orla da Pampulha, foram barradas por policiais militares e houve confronto. A multidão veio em caminhada do centro, bradando por direitos e pelas mais diversas reivindicações, demonstrando a força da organização popular e exercendo o legítimo significado da cidadania.

A partir de então, os muitos protestos e denúncias em vários pontos de Belo Horizonte, terminou com agressões e truculência da Polícia Militar contra os manifestantes. Duas pessoas caíram do viaduto José Alencar, na região da Pampulha, dezenas ficaram machucadas e 37 foram presas.

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG lamenta o episódio e rende solidariedade a cada uma dessas pessoas que participaram, em especial àquelas que sofreram algum tipo de agressão. “Nossas reivindicações são muitas e nossa batalha, constante. Vocês são exemplos da resistência. Sofremos perseguição e criminalização das lutas sociais no nosso Estado e nossa força está em cada pessoa, pois, juntos, podemos modificar essa realidade”, afirmou Beatriz Cerqueira.


Assembleia Estadual

Está agendada para 04 de julho, às 14h, no pátio do Legislativo Estadual, nova Assembleia Estadual da categoria. Para Beatriz Cerqueira quem quer greve é o governo.  “Tentamos negociar antes de aprovarmos nossa greve, mas o governo não deu retorno às questões apresentadas. Além disso, não cumpre acordo que assina, não paga o Piso Salarial, a carreira está congelada, a categoria adoecida e a educação desvalorizada.”

Informações do site:  http://www.sindutemg.org.br/

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sind-UTE/MG realiza ato na Pampulha e unifica com outras manifestações

Sind-UTE/MG realiza ato na Pampulha e unifica com outras manifestações
Um sábado marcado por muitos protestos e denúncias em vários pontos de Belo Horizonte. O saldo dos atos seria extremamente positivo, se não fossem as agressões e a truculência da Polícia Militar contra os manifestantes no final do dia. Duas pessoas caíram do viaduto José Alencar, na região da Pampulha, dezenas ficaram machucadas e 37 foram presas.

A coordenadora-geral do Sindicato Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, lamenta o episódio e rende solidariedade a cada uma dessas pessoas que participaram, em especial àquelas que sofreram algum tipo de agressão. “Nossas reivindicações são muitas e nossa batalha, constante. Vocês são exemplos da resistência. Sofremos perseguição e criminalização das lutas sociais no nosso Estado e nossa força está em cada pessoa, pois, juntos, podemos modificar essa realidade.”

De um lado, nosso objetivo foi cumprido - divulgamos a realidade da educação em Minas, ganhamos visibilidade nos problemas da educação e unificamos com representantes de outras manifestações, cerca de 60 mil pessoas - avalia Beatriz Cerqueira.

“Há muito tempo não via essa aceitação da população em relação a movimentos. A repercussão foi excelente e, por onde passamos, fomos aplaudidos. A atividade cumpriu sua missão, distribuímos nossos materiais para pessoas que entraram no campo, que foram nossa voz no estádio”, afirmou a coordenadora.

A categoria, que está em greve por tempo determinado, realizou ato no entorno do estádio Mineirão, onde, às 16h, aconteceu uma partida de futebol pela Copa das Confederações (México e Japão). Os educadores dialogaram com a sociedade: informaram os problemas vividos e relataram o descaso do governo mineiro em relação à educação para o mundo, uma vez que distribuíram folders em português e inglês. Durante a manifestação, a professora Andressa Rodrigues leu as reivindicações em inglês algumas vezes para atingir, sensibilizar os turistas estrangeiros.

A concentração da categoria teve início às 11h, na porta da Igreja de São Francisco de Assis, conhecida como Igrejinha da Pampulha, em Belo Horizonte. Além dos trabalhadores em educação da rede estadual, que vieram de todas as regiões do Estado, os servidores estaduais da saúde também participaram da manifestação, que contou ainda com representantes da Marcha Mundial de Mulheres.

Participações
O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) aderiu à paralisação do Sind-UTE/MG, por decisão de um ato unificado do funcionalismo estadual, exigindo o cumprimento de Acordo de Greve e o Termo de Acordo da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Na oportunidade, o coordenador do Sindicato, Renato Barros ressaltou a importância da atividade. “É fundamental dialogarmos com a população mineira, brasileira e com os turistas para denunciarmos as mazelas dos serviços públicos em Minas, que ganhou força com o recente movimento popular que toma conta do país. Exigimos que o Governo reduza o investimento em propaganda e cumpra a Constituição – 12% na saúde e 25% na educação. Estamos unidos e no próximo dia 26 estaremos novamente presentes ao ato.”

Representantes da Marcha Mundial das Mulheres se uniram ao ato do Sind-UTE/MG. Sofia Barbosa relata a satisfação em participar deste momento histórico. “Nos somamos à luta do povo, que está nas ruas, indignado e fazendo muitas reivindicações. Nós, mulheres, já estávamos nas ruas há muitos anos, continuamos, e viemos nos somar, lutando contra a violência contra as mulheres, contra a aprovação do nascituro, e nos juntamos à luta do povo: saúde, educação de qualidade para a população. “É emocionante ver essa multidão, essa manifestação unificada, de milhares de pessoas. A esses manifestantes, nos unimos. O povo precisa mesmo ir às ruas, levantar as bandeiras dos movimentos sociais, dos partidos de esquerda, que querem, de fato, mudar esse país.”

No final da tarde, o Sind-UTE/MG soltou uma revoada de balões com informações da categoria, que coloriu o céu de Belo Horizonte de amarelo e verde.

Manifestação unificada
Ao final do ato, os manifestantes aguardaram representantes de outros protestos para unir forças. Porém, as pessoas que vinham da Praça 7 tiveram dificuldade para entrar na orla da Pampulha, foram barrados por policiais militares e houve confronto. A multidão veio em caminhada do centro, bradando por direitos e pelas mais diversas reivindicações, demonstrando a força da organização popular e exercendo o legítimo significado da cidadania.

A Greve por tempo determinado continua
Beatriz Cerqueira agradeceu a todos que participaram da manifestação e reforçou o pedido para uma grande participação nesta quarta-feira (26.06). O local do ato desta quarta-feira (26.06) ainda será divulgado. O Mineirão receberá a seleção brasileira em mais um combate da Copa das Confederações, novamente às 16h.

Vale informar que o calendário de greve por tempo determinado foi aprovado em Assembleia Estadual. Os dias são 17, 18, 22, 26 e 27 de junho, sendo que nos dias 17, 22 e 26, o ato estadual no entorno da Pampulha, onde acontecem jogos da Copa das Confederações. Já nos dias 18 e 27, as manifestações são regionais e nova Assembleia da categoria está agendada para 04 de julho, às 14h, no pátio do Legislativo Estadual.

No dia 26 próximo, haverá um manifesto geral com a paralisação de várias categorias, a exemplo da educação, saúde, eletricitários e outras. A ideia é ir para as ruas para cobrar por melhorias e pelas pautas de reivindicações.

“Tentamos negociar antes de aprovarmos nossa greve, mas o governo não deu retorno às questões apresentadas. Além disso, não cumpre acordo que assina, não paga o Piso Salarial, a carreira está congelada, a categoria adoecida e a educação desvalorizada”, afirmou a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG.

fotografias: Taís Ferreira