sexta-feira, 31 de agosto de 2012

IV Marcha Nacional da Educação


 A CNTE inicia a contagem regressiva para a VI Marcha Nacional Pela Educação, marcada para o dia 5 de setembro em Brasília. São esperados cerca de 5 mil trabalhadores em educação de todo o país, representando os 43 sindicatos filiados à Confederação. A marcha contará com a participação da CUT, que marcou para a mesma data o Dia Nacional de Mobilização. O tema é "Independência é educação de qualidade e trabalho decente".

Os manifestantes farão o percurso de 3 km, da Torre de TV até a Esplanada dos Ministérios. Após a Marcha, será feita uma vigília na Praça dos Três Poderes a partir das 18hs.

Programação:
• Concentração das 6:00 às 8:30 na Torre de Televisão, no Eixo Monumental.
• Início da Marcha às 9:00 até o Congresso Nacional, com previsão de encerramento às 14:30.
• Vigília das 18:00 até às 3:00 da manhã do dia 06/09/2012 na Praça dos Três Poderes.
Conheça os detalhes das principais bandeiras da Marcha:
Piso: cumprimento integral da Lei Nacional do Piso do Magistério (Lei 11.738), que estabelece atualmente o piso de R$ 1.451, o que ainda não é respeitado por vários estados e muncípios. Garantir o anúncio do reajuste do piso para 2012, o que não ocorreu, embora o Fundeb já tenha sido oficialmente divulgado.
10% do PIB: aprovação da destinação de 10% do PIB brasileiro para a educação até 2020. O ministro da educação, Aloizio Mercadante e a presidenta Dilma Rousseff, defendem a aplicação de 100% dos royalties do petróleo na educação para o cumprimento da meta.
PNE: aprovação integral no Senado do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10), já formulado e debatido por uma Comissão Especial. Atualmente o PNE enfrenta recurso, revendo a decisão da Comissão, que pretende levá-lo para votação na Câmara dos Deputados. A CNTE defende o cumprimento do acordo e a votação direta no Senado Federal.
Carreira: valorização do plano de carreira para os profissionais da educação. A CNTE já propôs diretrizes claras sobre o tema, disponíveis aqui.
Jornada: normatização da jornada de trabalho do magistério, com o respeito ao cumprimento de um terço da jornada para a hora-atividade, conforme previsto na Lei 11.738 (Lei Nacional do Piso).
Participe, divulgue e mobilize. A Marcha Nacional é um grande instrumento de pressão para a necessária melhoria da educação no Brasil e valorização dos profissionais.

Fala de Beatriz Cerqueira na cidade de Pirapora

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

“Fortalecimento da comunicação sindical permite às pessoas ter a dimensão de seus direitos”



"Se um escândalo como o vazamento de óleo da Chevron tivesse acontecido com a Petrobras, no outro dia os grandes jornais, as revistas e televisões estariam fazendo campanha pela privatização, dizendo que a estatal não tem estrutura e que deveríamos entregar o que é nosso para as grandes transnacionais tomarem conta". Com esse discurso, o jornalista Leonardo Severo discorreu aos participantes do 3° Seminário de Comunicação da CNTE sobre o poder que a grande mídia tem de influenciar a sociedade com inverdades.
Assessor de comunicação da CUT Nacional, Leonardo Wexell Severo é autor do livro Latifúndio Midiota: Crises, Crimes e Trapaças, publicação que traz uma crítica à manipulação da sociedade feita pelos grandes meios de comunicação, que realizam uma cobertura que atende apenas ao setor financeiro que os mantém. Em sua palestra, Severo abordou justamente o papel democrático que cumpre o jornalismo alternativo – em contraposição aos grandes conglomerados de mídia – para fazer chegar à sociedade a versão do trabalhadores e trabalhadores que não tem espaço na grande imprensa.
De acordo com o jornalista, a ampliação e o fortalecimento da rede de comunicação sindical possibilita que as pessoas tenham a dimensão dos seus direitos, o que estimula, une, organiza e coloca em outro patamar a luta, na medida em que congrega diferentes pontos de vista em uma mesma perspectiva. "Com uma rede forte, nós temos a possibilidade de um diálogo maior com a sociedade. Serão mais vozes na defesa da liberdade de expressão, maior visibilidade das lutas e reivindicações no conjunto dos ramos", afirmou Severo. 

(CNTE, 15/08/12)

SINDIFISCO-MG e Sind-UTE/MG criticam política remuneratória e tributária do Estado


Presidente do Sindicato prevê que chance de servidor estadual não ter reajuste salarial é real


BOLSO VAZIO
Servidores podem ficar sem reajuste
Em uma previsão do Sindifisco, se houver aumento salarial, ele não alcançará 2%

JACKSON ROMANELLI - 28.3.2007
Lindolfo diz que a chance de não ter o reajuste é real
Com a aprovação da nova política remuneratória em dezembro de 2011, os servidores estaduais de Minas correm o risco de não terem nenhum reajuste salarial neste ano. As previsões, feitas pelo Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco), apontam que o aumento, se acontecer, deve ser de, no máximo, 2%, abaixo, inclusive, da inflação prevista para 2012, que gira em torno de 5% e 6%.

"Pela evolução da receita neste ano, se for aplicado somente o que determina o artigo 3º da Lei de Política Remuneratória, não haverá reajuste em outubro, data base do aumento anual", avalia Lindolfo Fernandes de Castro, presidente do Sindifisco.

Diversas classes dos servidores do Estado, que foram contrárias à aprovação da proposta do governo no ano passado, acreditam que o projeto foi mais uma medida do Executivo para congelar os salários do funcionalismo. "O governo tem que repor, pelo menos, a inflação. Se for mantida essa política remuneratória, o aumento que tivemos no ano passado será descontado em 2012. Vai ser um arrocho salarial", criticou o sindicalista.

Paralisações

A crítica dos sindicatos contra a política remuneratória do governo de Minas não diz respeito apenas ao congelamento da remuneração, mas também à política tributária.

"Essa política tem que ser revista. Na hora de o Estado estabelecer a política de benefícios fiscais, os servidores não participam. No final, somos nós os prejudicados. E o governo acaba não fazendo nada", disse a coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, Beatriz Cerqueira.

Segundo Beatriz, a classe já tem paralisações agendadas para o segundo semestre deste ano. "O problema, criado pelo governo, causa transtornos para a população".


Veículo: Super Notícia
Data: 21 de Junho de 2012

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Participe! Educação Pública de Qualidade JÁ!

Seminário discute a força das redes sociais na comunicação sindical


Regulamentação do direito à comunicação, acesso às novas mídias, uso das redes sociais para o fortalecimento da luta sindical. Esses foram alguns dos temas tratados no 3 Seminário de Comunicação da CNTE, que está acontecendo nesta quarta e quinta-feiras (15 e 16) em Brasília, com a participação dos sindicatos filiados e especialistas de mídia 



Sind-UTE/MG nas redes sociais


O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais apresenta as suas mais novas ferramentas de interação com o internauta: os canais do Sind-UTE/MG no facebook e no YouTube. Tratam-se de espaços legítimos e irrestritos para o trabalhador da educação manifestar-se, mostrar sua cara e revelar a imagem da luta pela implantação do Piso, carreira e educação de qualidade.

 
Clique aqui e acesse o perfil do Sindicato no facebook.

Blogueira mostra como as novas mídias podem melhorar a imagem da categoria


maria_fro_terceiro_seminario_comunicacao

Para a professora e blogueira Conceição de Oliveira, mais conhecida como Maria Frô, as mídias digitais podem fazer muito pela imagem dos trabalhadores da educação. Ela compartilhou um pouco de sua experiência com os participantes do 3° Seminário de Comunicação da CNTE na manhã desta quinta-feira (16), segundo dia do evento.
"Qual e a imagem que o professor tem na mídia? É o cara que ganha pouco, mas também não faz o seu trabalho direito, vive de licença médica, faz greve e atrapalha o trânsito. Não e assim?", provocou a palestrante. Segundo ela, o educador não tem espaço na grande mídia e, quando tem, é criminalizado. Para exemplificar, Maria Frôafirma que uma passeata da categoria aparecerá na mídia mais como um evento que provoca quilômetros de congestionamento do que como uma mobilização para reivindicar o pagamento do piso e a melhora das condições das escolas de forma a possibilitar um ensino de qualidade. "Nessas avaliaçõesque já viraram moda, quando há sucesso num determinado lugar, a responsabilidade foi do ministro, do secretário de Educação ou do prefeito. Quando aparece o insucesso, a culpa é do professor. É impressionante como se lida de maneira leviana com isso. Não se discute condições de trabalho, tamanho da rede, estrutura da escola", critica.
Nesse contexto de criminalização das práticas sindicais e dos movimentos sociais com um todo, Maria Frô afirma que as redes sociais – como os blogs, Facebook, Twitter, Youtube e outras – despontam como ferramentas de comunicação alternativas que, se bem utilizadas, permitem a desconstrução dessa imagem equivocada. "O Movimento Sem Terra (MST) fez isso muito bem. Eles têm seu portal na internet, suas redes, e conseguiram criar o seu próprio discurso sobre o movimento, dialogando com diferentes estratos da sociedade, mostrando a importância do movimento. Hoje raramente a mídia tem a coragem de fazer o que fazia com o MST na década de 90, quando estampava capas da Veja com o Pedro Stédile segurando uma arma", cita a blogueira.
maria_fro_terceiro_seminario_comunicacao2De acordo com informações recentes divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Internet, as pessoas já passam mais tempo navegando na rede do que vendo TV, e o consumo de informações na web tem crescido principalmente com a popularização de dispositivos móveis, como telefones com acesso à internet. Por conta disso, a rede tem pautado cada vez mais a mídia tradicional. Para a blogueira Maria Frô, esse é o momento dos trabalhadores da Educação e dos sindicatos se apoderarem dessas ferramentas para difundir seu discurso. "Precisamos aprender a entender as redes, seu funcionamento, e a produzir conteúdo. Porque se você produz bom conteúdo, ele vai circular. De um blog vai pro Facebook, alguém vê e já leva para outro lugar e, pela quantidade de posts, perfis, blogs em que circula, vai chegar uma hora em que vai ser do conhecimento de todos. Tem um monte de gente por aí que quer nos ouvir", afirmou.
A palestrante acredita que eventos como o seminário promovido pela CNTE podem contribuir para apontar caminhos e orientar aqueles profissionais que ainda não estão familiarizados com as novas tecnologias e todo o potencial que elas oferecem. "O que precisamos entender é que tudo isso são ferramentas. A forma como vamos usar é que vai torná-las efetivas ou não para o que queremos comunicar. Então, criem seus blogs, fortaleçam seus sindicatos, porque essa é uma forma de nos reapaixonarmos pelo debate, pela luta", finalizou. (CNTE, 16/08/12)

Marcha Nacional pela Educação

VI Marcha Nacional Pela Educação da CNTE: "Independência é educação de qualidade e trabalho decente"

 

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação inicia contagem regressiva para o 5 de setembro

Escrito por: CNTE

A CNTE inicia a contagem regressiva para a VI Marcha Nacional Pela Educação, marcada para o dia 5 de setembro em Brasília. São esperados cerca de 5 mil trabalhadores em educação de todo o país, representando os 43 sindicatos filiados à Confederação. A marcha contará com a participação da CUT, que marcou para a mesma data o Dia Nacional de Mobilização. O tema é "Independência é educação de qualidade e trabalho decente".

Os manifestantes farão o percurso de 3 km, da Torre de TV até a Esplanada dos Ministérios. Após a Marcha, será feita uma vigília na Praça dos Três Poderes a partir das 18hs.

Programação:
• Concentração das 6:00 às 8:30 na Torre de Televisão, no Eixo Monumental.
• Início da Marcha às 9:00 até o Congresso Nacional, com previsão de encerramento às 14:30.
• Vigília das 18:00 até às 3:00 da manhã do dia 06/09/2012 na Praça dos Três Poderes.
Conheça os detalhes das principais bandeiras da Marcha:
Piso: cumprimento integral da Lei Nacional do Piso do Magistério (Lei 11.738), que estabelece atualmente o piso de R$ 1.451, o que ainda não é respeitado por vários estados e muncípios. Garantir o anúncio do reajuste do piso para 2012, o que não ocorreu, embora o Fundeb já tenha sido oficialmente divulgado.
10% do PIB: aprovação da destinação de 10% do PIB brasileiro para a educação até 2020. O ministro da educação, Aloizio Mercadante e a presidenta Dilma Rousseff, defendem a aplicação de 100% dos royalties do petróleo na educação para o cumprimento da meta.
PNE: aprovação integral no Senado do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10), já formulado e debatido por uma Comissão Especial. Atualmente o PNE enfrenta recurso, revendo a decisão da Comissão, que pretende levá-lo para votação na Câmara dos Deputados. A CNTE defende o cumprimento do acordo e a votação direta no Senado Federal.
Carreira: valorização do plano de carreira para os profissionais da educação. A CNTE já propôs diretrizes claras sobre o tema, disponíveis aqui.
 
Jornada: normatização da jornada de trabalho do magistério, com o respeito ao cumprimento de um terço da jornada para a hora-atividade, conforme previsto na Lei 11.738 (Lei Nacional do Piso).
Participe, divulgue e mobilize. A Marcha Nacional é um grande instrumento de pressão para a necessária melhoria da educação no Brasil e valorização dos profissionais.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sind-UTE/MG realiza ato na Cidade Administrativa por Ipsemg de qualidade

A Cidade Administrativa voltou a ter manifestações de servidores públicos indignados com o descaso do Governo do Estado.
A manifestação, coordenada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), foi realizada nessa terça-feira (21/08) e contou com caravanas de diversas regiões do Estado. Os trabalhadores em educação se concentraram em frente ao Edifício Minas – onde fica a Secretaria de Estado de Educação – e protestaram. Em pauta, os inúmeros problemas que a categoria tem enfrentado em relação ao IPSEMG: atendimento precário, falta de investimento em especialidades e exames no interior do Estado, diminuição das Agências de Atendimento e mudança na forma de contribuição. 
Aparato policial - O uso do carro de som foi proibido e o aparato policial, com a presença do batalhão de choque e cavalaria, demonstrou a forma como o Governo do Estado recebe os trabalhadores em sua sede.
Realidade - Situação vivenciada na pele pela professora aposentada Ana Lúcia Moreira, 67 anos: após ter lecionado durante 30 anos em Belo Horizonte, ela esperava poder contar com um atendimento digno. Para ela, a mobilização da categoria é fundamental para pressionar o Governo.
“O problema é de todos nós, o Ipsemg é nosso e não do Governo. O desconto é feito em nosso contracheque e, por isso, toda a categoria deve se mobilizar. Além disso, estou pagando por uma coisa que eu não estou utilizando, porque sou forçada a procurar um médico particular, se quiser ter o meu tratamento”, afirmou.
Vinda com caravana da subsede de Juiz de Fora, na Zona da Mata, e participante desde a primeira caravana dos aposentados, a professora aposentada Maria Elisa Barone, 78 anos, também destacou a importância de mobilizar a categoria, em especial, os aposentados. “Não tem idade para lutar. Os aposentados são uma força que ainda não se descobriram. Porque eles também contribuem e continuam tendo os descontos em seus contracheques e, por isso, devem lutar junto do pessoal da ativa por um atendimento digno no Ipsemg”, ponderou.
O Auxiliar da Educação Básica e diretor estadual do Sind-UTE/MG Jonas Willian Pereira, avaliou a mobilização na Cidade Administrativa. “Nós, trabalhadores da ativa, e aposentados, é quem somos os proprietários do Ipsemg. E da forma como o Instituto se encontra hoje, não é possívelaceitá-lo. Por isso, precisamos abrir um diálogo com o Governo. Apesar de o Sindicato já ter se reunido antes e protocolado as reivindicações, o Estado vai postergando e nos enrola para solucionar o problema que se arrasta em toda Minas Gerais. Eu mesmo preciso fazer uma cirurgia para retirada de hérnia. Já fiz o risco cirúrgico, mas corro o risco de perder os exames por não conseguir marcar o procedimento no Ipsemg”, explica.
Cones - Na ocasião, estava agendada a reunião do Comitê de Negociação Sindical (Cones), que contaria com a presença da Secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilenna e a Presidenta do Ipsemg. Diante da mobilização do Sindicato, o Governo optou por cancelar a reunião. 
Problemas sem resposta - Para a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, a categoria está indignada com a situação do Ipsemg. Ela explica que o Sindicato já participou de audiência pública na Assembleia Legislativa, quando foram apresentados os problemas de atendimento de várias cidades, que evidenciam que o serviço prestado em várias regiões do Estado é muito precário. Dentre as revelações feitas pelos educadores/as, estão a demora no atendimento, além da falta de especialidades. Os problemas também foram apresentados diretamente ao Ipsemg, mas a entidade ainda não recebeu resposta.
O atendimento da perícia também foi questionado pelo Sindicato. Outra questão já denunciada pelo Sind-UTE/MG foi a situação das perícias médicas. Em algumas regiões do Estado como em Janaúba, a perícia tem sido usada para constranger os trabalhadores, uma vez que o perito questiona até mesmo a participação do servidor em atividades do Sindicato. 

As subsedes do Sind-UTE/MG informam a realidade das unidades do IPSEMG no estado de Minas Gerais. Acompanhe:

Araguari
O atendimento foi reduzido.

Araxá
Os problemas com o Ipsemg na cidade aumentaram. As cotas para exames de rotina esgotam rapidamente, não atendendo a toda a demanda. Consultas têm sido desmarcadas constantemente devido ao crescente descredenciamento de médicos, clínicas e hospitais. Quem necessitar de atendimento de urgência, após a distribuição das cotas no início de cada mês, tem que recorrer à iniciativa privada. Exames como ultrassom, mamografia, tomografia e outros chegam a demorar até 60 dias para serem realizados. Os servidores designados não conseguem nada pelo Ipsemg após 15º dia de licença-médica, mesmo aqueles que têm contrato até dezembro do ano em curso. O Ipsemg não dá retorno da documentação exigida e enviada.

Bambuí
Não tem atendimento.

Belo Horizonte
A categoria enfrenta problemas com cotas insuficientes, cirurgias desmarcadas e dificuldade de agendamento de consultas e exames.

Bom Despacho
O atendimento médico é feito apenas por dois médicos. Já o atendimento laboratorial é somente para exames básicos. Não há serviços de raio-x, internações e fisioterapia. Também não há credenciamento de especialidade como ginecologia, neurologia e pediatria. Para a realização de exames mais complexos é necessário o deslocamento até Belo Horizonte e ainda assim, normalmente, os exames são desmarcados.
Carangola
As cotas para exames laboratoriais são insuficientes diante da demanda da região e as cirurgias são desmarcadas.

Iguatama
Sem atendimento.

Itabira
As cotas para consultas são insuficientes para a demanda da região.

Ituiutaba
Os trabalhadores em educação sob a abrangência da Agência do Ipsemg em Ituiutaba continuam sem assistência médica a que têm direito desde 2004. A situação, que já era precária, se agravou ainda mais ao longo desses anos. O atendimento do Instituto passou de precário a inexistente, com denúncias de cobranças indevidas de taxas.

Juiz de Fora
As cotas foram diminuídas em 50%, com exceção de hemodiálise e oncologia.

Lagoa da Prata
Não há atendimento de laboratório clínico e radiografia. Inúmeras consultas foram suspensas e a agência do Ipsemg passou a ser posto.

Moema
Sem atendimento.

Muriaé
O Centro Diagnóstico do Hospital São Paulo de Muriaé, onde os servidores fazem exames paralisou o atendimento em 2011. Vários dentistas estão pedindo o descredenciamento por atraso de pagamento. Médicos de algumas especialidades estão parando de atender por causa do atraso no pagamento.
Ubá
Não há atendimento de neurologista, psiquiatra, pneumologista, psicólogo e nutricionista.

Uberaba
Consultas desmarcadas e cirurgias adiadas por tempo indeterminado e sem justificativas, alguns médicos continuam na lista do Ipsemg, porém, não estão marcando consultas.

Uberlândia
O Hospital Madrecor foi credenciado em abril de 2009 e veio absorver uma demanda reprimida superior a 20 anos com mais de 30.000 servidores e dependentes distribuídos em cerca de 40 municípios. Os trabalhadores da rede estadual de Minas Gerais reivindicavam uma unidade que os reconhecesse enquanto servidores cadastrados no Ipsemg. Após várias negociações entre Governo, Sindicato e Ipsemg, conquistamos o credenciamento desta instituição.

Mas em 2011, ocorreu a suspensão do atendimento, prejudicando a categoria de toda a região. Não há outro atendimento no interior do Estado e, devido à demanda, não podemos nos descolocar até à capital mineira. Os servidores usuários do Hospital começaram a reclamar da restrição ao atendimento por conta da “Cota Contratual” entre Madrecor e Ipsemg uma vez que, extrapolando o teto acordado, o procedimento está sendo negado ao usuário.

Itajubá
Foi elaborado um abaixo-assinado e entregue às autoridades para tentar impedir que a sede regional do Ipsemg fosse rebaixado a posto regional, o que não adiantou. Hoje, o Ipsemg em Itajubá funciona somente como posto regional.

Pará de Minas
Há um número reduzido de médicos credenciados na cidade. Muitas especialidades como cardiologia, geriatria e ortopedia  não têm médicos credenciados.  Os exames laboratoriais são limitados. Geralmente na primeira semana de cada mês já se esgotam o número de fichas para os exames. Qualquer exame que for solicitado após o encerramento da distribuição das fichas, deve ser pago pelo servidor, mesmo se for considerado caso de urgência. O hospital da cidade (Hospital Nossa Senhora da Conceição), já suspendeu por diversas vezes o atendimento aos usuários do Ipsemg, alegando atraso do repasse dos valores devidos. 

Muitos servidores reclamam também do atendimento na agência do Ipsemg local. Há relatos de tratamento inadequado aos usuários e demora no atendimento.

Unaí
Há somente um clínico-geral atendendo. O paciente marca no primeiro dia útil do mês e aguarda a data do agendamento. Caso precise realizar algum exame, é necessário ir até Patos de Minas.

Governador Valadares
Com o término da greve de 2011, os usuários do Ipsemg em Governador Valadares tiveram dificuldade em utilizar os serviços oferecidos pelo mesmo. Como os servidores tiveram os salários cortados, ocorreu que, por aproximadamente dois meses, não houve desconto em folha da mensalidade do Instituto e assim, os mesmos ficaram sem atendimento com os cartões bloqueados. No mês seguinte foram descontados os meses atrasados e essa situação se regularizou. Pagamos, mas não usamos.

Entre o fim de 2011 e o início deste ano, os usuários do Ipsemg vem tendo dificuldade em utilizar os serviços oferecidos pelo mesmo, devido a renovações de contratos que até a atual data não foram resolvidos, o que vem acarretando dificuldades em obter atendimento em vários setores. Quando existe um local ou especialista que atende pelo Ipsemg as cotas são reduzidas, não suprindo a necessidade da região. Assim, o usuário tem que esperar meses para conseguir uma vaga para ser atendido.


Sete Lagoas
O atendimento é feito por meio de cotas, ou seja, no início do mês as pessoas enfrentam longas filas para autorizar e marcar consultas e exames. Caso o número de cotas termine, somente no próximo mês é que novamente serão abertas novas cotas,  prejudicando  o servidor.

Nas especialidades médicas como fonoaudiólogo, otorrino, psiquiatra, cardiologista, mastologista, geriatra, entre outras, além da psicologia, não há atendimento.

As cotas são insuficientes para exames mais complexos como ultrassom, mamografia, raio X e tomografia - quase não se consegue agendamento devido a poucas cotas. O exame de citologia (prevenção ginecológica) não é feito por nenhum laboratório. Caso a pessoa precise, esta deve pagar pelo serviço e, para exames de sangue de rotina, o número de cotas também é pequeno frente à demanda.

Há um convênio com o Hospital Nossa das Graças, mas é muito precário, às vezes não tem médico especialista de plantão, como por exemplo pediatra.

Manhuaçu
As características do atendimento na cidade são: precário, faltam médicos especialistas em todas as áreas, laboratório não atende a demanda e não tem clínicas conveniadas para outros exames de maior complexidade.

Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo
Na agência do Ipsemg de Coronel Fabriciano, o atendimento é precário. A marcação de consulta para clínico geral na agência é quase impossível, há apenas um médico. Há especialistas como cardiologistas e ortopedistas que pré-agendam com muito tempo de antecedência. Já a Odontologia, há apenas dois dentistas para atender a região.

Alguns laboratórios de análises clínicas agendam exames no dia 15 do mês para atendimento nos três primeiros dias do mês subsequente. Outros agendam no último dia do mês para atendimento do mês de subseqüente apenas 10 pessoas por dia. A cota dura cinco dias.

Os procedimentos de ultrassonografia e mamografia são agendados para outubro/novembro, podendo ser feitos também em Governador Valadares. Exames mais complexos como ressonância magnética e tomografia computadorizada podem ser realizados na cidade de Governador Valadares.

Caratinga
A demanda é grande e há poucos médicos credenciados. Dos poucos credenciados, alguns já estão com consultas marcadas até agosto e não há mais vagas. Os casos de emergência são atendidos apenas na Casa de Saúde, onde nem sempre encontramos médicos especializados.


Fotos: Taís Ferreira

Seminário Estadual sobre Educação Infantil

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Assembleia Sind-UTE/MG em Pirapora


                                                                                                                                                 Fotografias: Taís Ferreira

Intensificar a mobilização para arrancar propostas
Unidade e força em defesa por 1/3 da jornada de trabalho para os trabalhadores em educação

A 5ª assembleia dos/as trabalhadores/as em educação da rede estadual de Minas Gerais aconteceu em Pirapora, no norte do Estado. A realização de assembleias itinerantes cumpre o objetivo de mobilizar a categoria e levar o debate dos problemas da educação para as diversas regiões do Estado. Em cada região onde foi realizada assembleia, o Sindicato conseguiu uma ampla cobertura dos meios de comunicação, valorizou a cultura regional e possibilitou que um número maior de trabalhadores da região pudesse participar diretamente das atividades do sindicato.

Também nas reuniões do Conselho Geral, o Sindicato investiu em discussão de assuntos relevantes para a categoria como a situação do ensino médio e assédio moral.

Bem às margens do Rio São Francisco - na área de eventos no Centro da cidade, cerca de 2.000 trabalhadores/as em educação, vindos de caravanas de todas as regiões de Minas, discutiram e aprovaram uma jornada de lutas da educação para o 2º semestre.

Projeto de regulamentação da jornada para hora-atividade em debate
No dia 11 de agosto, pela manhã, as atividades do Sind-UTE/MG em Pirapora se iniciaram com a reunião do Conselho Geral. Em pauta, a discussão do Projeto de Lei, de autoria do Governo do Estado, que prevê alterações na Lei Estadual 15.293/2004, para regulamentar o cumprimento da jornada de 1/3 para a hora atividade dos/as professores/as. O Sindicato iniciou as discussões sobre este projeto no Seminário que o Departamento Jurídico realizou no dia 30 de julho, com participação das subsedes. Na oportunidade, a proposta foi entregue às subsedes e definida a realização de assembleias locais para discussão do mesmo.

Além dos problemas relacionados ao aumento da jornada semanal de trabalho do professor, o Sindicato apresentou um Estudo Técnico do Dieese, que aponta a necessidade de nomeação de cerca de 19 mil professores para o cumprimento de 1/3 da jornada como hora-atividade. Ao contrário disso, o governo pretende regulamentar a Lei Federal 11.738/08 com o Adicional por Extensão de Jornada (AEJ), que nada mais é do que a atual extensão de jornada.

Processo de negociação com o Estado
Em seguida, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, fez uma retrospectiva das reuniões com o Governo do Estado no 1º semestre. O governo estabeleceu um processo de reuniões com agenda a cada 20 dias. No entanto, estas reuniões não estão apontando avanços na pauta de reivindicações da categoria. O Sindicato apresenta a demanda, mas o governo ignora os problemas como foi no caso das Resoluções sobre férias-prêmio, em que o Sind-UTE/MG apresentou os problemas e o Governo publicou a Resolução sem uma discussão final, sem responder os questionamentos. O calendário de reuniões não tem sido eficaz em trazer resultados concretos para a categoria.“O que o Governo tem feito é uma política para destruir a categoria. Desde o término da nossa histórica greve de 112 dias, temos conseguido, mesmo com a pressão do Estado, sobreviver – essa é a palavra que traduz nossa realidade. E com muita dignidade. Começar 2012 foi difícil para todos nós. Conseguimos manter um grau de mobilização, mas, precisamos intensificar a pressão.”

Valorizando a cultura regional
À tarde, os educadores se concentraram na área de eventos onde assistiram à apresentação do grupo Santa Cruz e da Fanfarra da Escola Estadual Professora Sílvia de Alencar, de Buritizeiro. Foi encenada, também pelos educadores, uma peça em alusão às comunidades ribeirinhas contando a história da luta pelos direitos da categoria, e contra o inimigo Governo, um verdadeiro tubarão que quer ‘devorar’ tudo o que já foi conquistado pelos trabalhadores em educação.
Intensificar a mobilização
Os/as trabalhadores/as presentes em Pirapora aprovaram um calendário de lutas para o 2º semestre de 2012.

As atividades começam no dia 21 de agosto, quando será realizada nova caravana dos aposentados e manifestação em defesa do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). Nesta data está prevista a reunião do Comitê de Negociação Sindical, que discutirá as questões do Ipsemg. As recentes alterações na gestão do Instituto foram definidas sem a participação do Sind-UTE/MG, que representa a maioria dos servidores públicos. Há muita insatisfação da categoria e os problemas de estrutura e atendimento denunciados pelo Sindicato no primeiro semestre deste ano, continuam sem resposta.

IV Marcha Nacional da Educação
A próxima atividade do Sindicato será a participação na IV Marcha Nacional da Educação, que acontecerá no dia 5 de setembro. Neste dia será convocada paralisação das atividades em todo o Estado.

Em seguida, no dia 07 de setembro, participaremos do Grito dos Excluídos em Belo Horizonte, denunciando os problemas da educação mineira. Vale lembrar que o Governador estará presente em solenidade oficial que acontecerá na capital.

Nova manifestação está prevista para o dia 19 de setembro. Nesta data ocorre outra reunião do Comitê de Negociação Sindical, cuja pauta é a política remuneratória. O Sindicato convocará paralisação das atividades e realizará, além da manifestação, assembleia para definir as próximas atividades.

Avaliação
A coordenadora da subsede de Pirapora, Maria Alice Pereira Rocha, avaliou positivamente a participação dos trabalhadores na assembleia, na cidade. “Essa assembleia regional é muito importante porque mostra que o Sind-UTE/MG luta por uma educação de qualidade, justa, e com todos os elementos disponíveis. Com nossa união, somos capazes de fazer a diferença e formar esse exemplo, inclusive com alunos participativos, que mostram seus talentos, que colocam para o público, a arte e cultura.” Ela destacou ainda que, por outro lado, a categoria fica conhecendo as nossas riquezas, que têm que ser também valorizadas.

A professora aposentada na cidade de Pirapora, Maria da Conceição Ribeiro Soares, participou, pela primeira vez, da assembleia. “Achei maravilhoso participar da atividade. Eu estudei, fui professora leiga, depois fui professora estadual, concursada, estudei com muita dificuldade. Aqui não tinha condições. Em 2009, concluí minha faculdade de pedagogia, pensando que ia ser valorizada, fiz pós-graduação, e não tenho valor porque sou aposentada. Quero que os professores se unam, fiquem mais unidos, e ajudem mais os que se aposentaram. O dinheiro que ganhamos não dá para mais nada”, desabafou.

O diretor do Departamento de Formação do Sind-UTE/MG, José Luis Rodrigues, fez uma avaliação positiva das assembleias regionais. “Nós cumprimos nosso papel levando movimento para todo o interior do Estado, dialogamos com todos os trabalhadores em educação – sindicalizados ou não. Divulgamos e fizemos um debate sobre nossa carreira e sobre a política do Governo do Estado, que tem achatado e massacrado a categoria. Também mostramos que o Sind-UTE/MG é muito mais que uma luta salarial, é uma luta por qualidade na escola pública, por educação inclusiva, que respeite a diversidade, e respeite toda a rica cultura no estado e, além disso, denunciamos o Governo - com sua política perversa de perseguição em Minas Gerais.”

O coordenador da subsede de Janaúba, Honorival Alves Maciel defende a unidade como forma de implantar 1/3 da jornada. “As assembleias regionais tiveram o objetivo de divulgar as ações do Sindicato e aglutinar as forças em todo o Estado. O próximo desafio é a implementação de 1/3 da jornada como estabelece a lei. Nós não podemos cair naquilo que aconteceu em relação ao salário, ou seja, não se efetivou porque, mesmo perdendo no STF, o governo implementou em Minas o subsídio. Se isso acontecer, a lei perderá o sentido e ela prevê condições que nós precisamos para desenvolver melhor nosso trabalho.”

A diretora do Sind-UTE/MG e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marilda de Abreu Araujo conclama a categoria a participação da Marcha Nacional, evento que acontecerá em Brasília. “Nós precisamos unir forças para conseguirmos o Piso e o PNE, que é um Plano que vai trabalhar a educação para a próxima década.”

Denunciar os traidores da educação
O Sind-UTE/MG publicará novo jornal denunciando os deputados estaduais que votaram contra a categoria em novembro de 2011. Além disso, no mesmo material discutirá o desrespeito do governador Antonio Anastasia, que não cumpriu o acordo que assinou: negociar o Piso Salarial na carreira existente.

O Conselho Geral também aprovou como recomendação que as subsedes promovam debates com os candidatos à Prefeitura e apresentem, a cada um, a carta-compromisso da educação (documento será enviado às subsedes).
Calendário de atividades
17 e 18/08 - Seminário Estadual sobre Educação Infantil, Betim (Participação através de inscrições: formação@sindutemg.org.br
21/08 - Caravana dos Aposentados e mobilização em Defesa do Ipsemg (Cidade Administrativa, Belo Horizonte)
05/09 – IV Marcha Nacional da Educação (As orientações sobre caravanas serão enviadas às subsedes). Paralisação das atividades escolares.
07/09 – Participação no Grito dos Excluídos de Belo Horizonte com caravanas de todas as regiões do Estado.
19/09 - Mobilização em Defesa do Salário e da Carreira e Assembleia (Cidade Administrativa, Belo Horizonte).
19, 20 e 21/10 - Encontro Estadual dos Aposentados.

Publicado em: http://www.sindutemg.org.br/

Fotografias: Taís Ferreira